Piumhi

 

 

 

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História

 

 

Fundada em 20 de julho de 1868, sua Padroeira é Nossa Senhora do Livramento.

Piumhi é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2019 é de 37.900 habitantes. É considerado o 45º município em qualidade de vida, entre os 853 municípios de Minas Gerais, com uma expectativa de vida de 67,1 anos. No ranking de desenvolvimento socioeconômico moderado, Piumhi ficou na posição 110ª posição, em Minas Gerais, com um índice de 0,7564.

 

Etimologia

 

Antiga Praça Padre Alberico em Piumhi / MG, existem duas hipóteses etimológicas para o topônimo "Piumhi"ː

Viria do tupi antigo pi'um'y, que significa "rio dos borrachudos" (pi'um, "borrachudo" e 'y, "rio"). O significado do vocábulo Piumhi é historicamente documentado, e viria do termo tupi para rio de peixe, referindo-se ao rio homônimo. Para a análise do vocábulo, é colocada, em prática, a lição de Teodoro Sampaio em sua obra "O Tupi na Geografia Nacional". De acordo com seus escritos, para se conseguir a etimologia de um topônimo, em primeiro lugar, deve-se verificar como o mesmo era grafado primitivamente, ou seja, como ficou registrado e escrito nos mais antigos documentos. Em todos os documentos antigos, sejam arquivos eclesiásticos ou históricos, sem exceção, o nome do lugar e do rio figura como Piauhy.

Histórica e documentalmente registrados, assim eram escritos:

 

a) no relatório do alferes Moreira ("Notícias Práticas das Minas Gerais: do Ouro e Diamantes"; b) na 2ª prática, dada pelo alferes Moreira ao padre Diogo Soares das suas bandeiras no descobrimento do celebrado Morro da Esperança, empreendido nos anos de 1731 e 1732);

c) em todos os pedidos de sesmaria da região;

d) nos documentos verificados na última década do século XVIII e princípios do século XIX. Em todos esses registros, a grafia é sempre Piauhy.

 

No arquivo eclesiástico de Mariana, também se encontram inúmeros documentos com essa grafia, como por exemplo, um abaixo-assinado, datado de 1823 em que, os aplicados da capela de São Roque, pedem que fique sua capela filiada à Paróquia do Piauhy. Mas ainda neste mesmo arquivo eclesiástico também encontra-se documentos onde se lê a grafia Piauim. Assim também grafava, nos arquivos paroquiais, o primeiro vigário da vara, o Padre Félix José da Silva. No entanto, outros vigários escreviam Piuhy.

Analisando pelos mencionados registros antigos, verifica-se a transformação na forma de escrever: o inicial Piauhy passou a ser escrito como Piauim, o que leva à conclusão de ter ocorrido a chamada nasalação do fonema.

A nasalação é um vício herdado das línguas indígenas, como frisado pela reconhecida autoridade no assunto, Teodoro Sampaio, na obra citada. Portanto, no caso em tela, é fácil concluir: o primitivo Piauhy passou a Piauim e, operando-se mais fortemente a nasalação do fonema, com o tempo foram ocorrendo algumas mudanças até originar o nome final Piumhi.

Por sua vez, em relação ao significado do fonema Piumhi, a mesma regra há que ser seguida: a análise deve ser feita sempre levando-se em consideração os fatos e atos registrados: se a grafia primitiva era Piauhy e, se no século XIX operou-se a nasalação do fonema, tem-se que procurar o significado do termo primitivo, comum e generalizado.

Sem qualquer sombra de dúvida, Piumhi foi a deturpação do nome primitivo Piauí. Temos, assim: piau = peixe; i = água, rio formando assim Piauí, que se traduz por rio de peixe.

O motivo especial desse nome é fornecido pelo alferes Moreira, que, quando referindo-se ao Rio Piauí, relatou: "tem muito peixe".

Ora, o sertanista menciona o Rio São Francisco, percorreu largo trecho do Rio Grande, fez referência ao Rio Lambari, citou o Rio Verde, relatando a todos como muito piscosos. No entanto, só o rio Piauí chamou-lhe a atenção dada a abundância de peixes.

Essa última forma, Piumhi, acabou por ganhar a simpatia dos moradores da cidade, fato que levou à criação de uma lei estadual oficializando a grafia.

Por outro lado, é importante mencionar que os topônimos de origem tupi em Minas Gerais não foram criados pelo indígenas da região, uma vez que estes não eram de etnia tupi, fato que os impede de criar designações tupis. Estes topônimos eram criados, ou pelos índios que guiavam as expedições, índios do litoral, ou mesmo pelos próprios bandeirantes como Batista Maciel, que falavam a língua geral.

 

História

 

Até o século XVIII, todo o atual estado de Minas Gerais era habitado por diversas nações indígenas pertencentes ao tronco linguístico macro-jê. Em 1731, ocorreu a descoberta e exploração da região pelo sertanista João Batista Maciel, que, proveniente de São Paulo, com sua bandeira, vasculhou a região próxima à nascente do Rio São Francisco à procura de ouro.

Batista Maciel fixara-se na Piraquara, na margem direita do Rio São Francisco, termo da vila de Pitangui. Naquele ano, organizou uma bandeira com filhos, agregados e escravos e explorou o Alto São Francisco, descobrindo faisqueiras no Rio Piuí. Ainda no mesmo ano de 1731, Batista Maciel retorna a Pitangui com a notícia do descobrimento de minas de ouro no sertão do Piuí.

Imediatamente, se organizou uma expedição, tendo, à frente, o vigário de Pitangui, o padre Luís Damião, e o Procurador da Câmara João Veloso Falcão. Como guia, seguiu o próprio Batista Maciel com sua gente. O grupo era bem numeroso, e a finalidade era tomar posse do "país do Piui". Seguiram e realmente tomaram posse daquele sertão. Padre Damião celebrou a missa, considerada a primeira missa em Piuí, no ano de 1731, porém o ouro não foi achado com a grandeza que se esperava.

 

Com a decepção, Batista Maciel acabou sendo preso como falso descobridor e causador da grande despesa que a bandeira fez. Entretanto, dois filhos de Batista Maciel e mais alguns agregados, diante daquele fato novo, amotinaram-se, havendo troca de tiros, na qual resultou ferir-se o procurador da câmara João Veloso Falcão, que recebeu uma carga de chumbo no braço. Livre, Batista Maciel retirou-se acompanhado dos filhos, agregados e escravos, indo fixar-se nas Perdizes, pouco abaixo, no mesmo São Francisco, mais ou menos no ponto em que se localiza, hoje, a cidade de Iguatama.

Outros dois desbravadores e sertanistas têm registradas suas ações: o capitão Tomás de Souza, que residia em Pitangui e que, de posse do roteiro dos Três Morros, percorreu o sertão do Piuí e todo o Alto São Francisco. O outro foi o alferes Moreira, que também partiu de Pitangui e desbravou a região. É ele quem relata seu encontro, no Piuí, com Batista Maciel e Tomás de Souza, na "2ª Prática ao Pe. Diogo Soares".

A cidade nasceu em torno das atividades de mineração às margens do córrego Cavalo e com o nome de Nossa Senhora do Livramento e em 1736, a região foi cortada pela Picada de Goiás e, aí, foram distribuídas as primeiras sesmarias. A Picada de Goiás, na realidade, não foi iniciativa governamental: um grupo de sertanistas se dispôs a abrir a picada e pediu certos privilégios, como a preferência sobre sesmarias, ao longo da mesma picada, e proibição de outros por ali se estabelecerem, no prazo de um ano. Atendidos nessa exigência, foi o respectivo edital baixado pelo governador Martinho de Mendonça em julho de 1736. Pouco depois de estabelecidos os “sesmeiros” abridores da picada, tiveram que retirar-se e praticamente se interrompeu o trânsito pela famosa picada. Negros aquilombados assenhorearam-se da região, passaram a assaltar e a causar vários transtornos até o ano de 1743, quando foram os negros atacados e foram destruídos os quilombos, reiniciando-se a colonização e a mineração e em 1752, a mineração foi intensificada no local, provavelmente assim se iniciando o arraial. No mesmo ano, o local teria sido visitado pelo padre Marcos Freire de Carvalho, que, na qualidade de emissário de Mariana, tomou posse de Piumhi para aquele bispado.

Em princípios de 1754, quando as minas da Capitania se achavam em geral cansadas e os mineiros, na maioria, desanimados, espalhou-se, de repente, a notícia do "ouro! Ouro com grandeza no Piuí!" A corrida pelo ouro se renova com gente do Tamanduá, de São João, de São José do Brumado, de toda a parte. Foi quando  o ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, tão logo soube da corrida para o Piuí, ordenou ao guarda-mor de Passa Tempo se dirigisse incontinenti àquele continente a fim de proceder à distribuição das datas, evitando-se as contendas e disputas naturais naquelas circunstâncias. O mesmo ouvidor, em março de 1754, dirigiu-se à Câmara de São José e informou do novo descoberto, da quantidade de gente que se achava já naquele sítio e do outro tanto a caminho, terminando por sugerir, à Câmara, que providenciasse a tomada de posse do lugar, antes que a Câmara de Pitangui o fizesse, no dia 28 de março de 1754, em casa de morada de José da Serra Caldeira, os procuradores da Câmara de São José del Rei, meirinho Leandro de Arruda e o sargento-mor Francisco José Beserto, tomavam posse do novo descoberto do Piuí, subordinando os moradores do arraial e seus distritos à vila de São José.

Passada a febre do ouro, continuaram os pedidos de sesmarias, com vários candidatos a sesmeiros fixando-se e em 1758, o arraial se mostrava próspero; nesse ano, segundo várias fontes, teria sido criada a paróquia. Entretanto, segundo comprova o ato de dom Frei José da Santíssima Trindade em que se decidiu subordinar a capela de São Roque à freguesia de Piuí, esta paróquia foi instituída por ato episcopal, em 1754, por iniciativa do fazendeiro Manoel Marques de Carvalho, o fundador da capela de São Roque.  Esta freguesia foi declarada colativa, por alvará régio de 26 de janeiro de 1803. O primeiro vigário colado, ainda em 1803, foi o padre Antônio Teles. Antes, era provida de vigários encomendados; cônego Trindade menciona a provisão de 6 de julho de 1773 nomeando o padre José Soares da Silva vigário da vara da freguesia dos novos descobertos do Piauim.

Foi a paróquia elevada à categoria de vila, com autonomia municipal, pela lei nº 202, de 1º de abril de 1841, desmembrando-se o novo município de Formiga. E a lei nº 1 510 de 20 de julho de 1868 elevou a vila à categoria de cidade.

 

Cultura

 

A Casa da Cultura de Piumhi, fica em uma das praças mais importantes da cidade, na praça Dr. Avelino de Queiroz. É uma construção neocolonial térrea de 249,66 metros quadrados que manteve seus principais aspectos físicos, estruturais e compositivos. Sempre promove exposições, mostras e lançamentos de livros que resgatam a memória de Minas Gerais, com exposição permanente de desenhos feitos por José Bruno de Lima resgatando casas e prédios antigos. Todos os desenhos são tombados pela secretaria de patrimônio histórico da cidade. Ao lado da Casa da Cultura de Piumhi, há uma sala de cinema com capacidade para 300 pessoas com o nome de Cine Victor Agresta (este, um dos pioneiros do cinema em Piumhi). O Museu das Profissões integra, também, a Casa de Cultura de Piumhi, entidade que valoriza e fortalece a memória de personalidades notáveis ou anônimas da cidade.

A Casa da Cultura desenvolve desde a sua abertura projetos de ações educativas para alunos da rede pública e privada, cursos de música, artesanato, pintura. Criou o Coral Municipal " Chico Branco", o espaço artístico "Maestro Mozart Paixão", que beneficia adultos, crianças e jovens de Piumhi, além de guardar a galeria de de ex-prefeitos municipais e o conjunto de desenhos de "memória" realizados por José II Bruno de Lima, retratando aspectos da Piumhi do início do século passado.

 

Geografia e localização

 

Piumhi está localizada na Mesorregião Oeste do Estado de Minas Gerais (região centro-oeste), com 902 km² de área e uma altitude de 793 metros, clima tropical com a temperatura média de 22 graus Celsius e vegetação de cerrado.

Piumhi pode ser vista perfeitamente do alto da Serra da Pimenta e tem limites com os municípios de Doresópolis, Bambuí, São Roque de Minas, Capitólio, Pimenta, Guapé, Pains e Vargem Bonita e acesso rodoviário pode ser feito pelas rodovias MG-439, MG-354, e a principal, MG-050, rodovia que corta a região e é responsável por ligar a capital Belo Horizonte à região de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. Piumhi situa-se na metade da distância entre as duas metrópoles, ficando a 256 quilômetros da capital Belo Horizonte e a 265 quilômetros de Ribeirão Preto.

 

Barão de Piumhi

 

João Marciano de Faria Pereira foi um nobre brasileiro e coronel da Guarda Nacional, agraciado barão em 27 de junho de 1888 com o título de barão de Piui.

 

 

Topografia

 

Apresentando o relevo plano Piumhi é cercada de nordeste para sudeste pela Serra da Pimenta, ponto culminante do município com 1 256 metros, e pela Serra do Andaime e suas continuações. A norte, oeste e sul, a região do município torna-se plana e somente a Serra da Canastra e os chapadões que a circundam, localizados 80 quilômetros a oeste, são vistos com relevo mais acentuado. Por sua localização privilegiada e sua infraestrutura de apoio, Piumhi é considerada o portal de entrada da Serra da Canastra, onde se localiza a nascente do Rio São Francisco).

A boa qualidade das das terras de Piumhi fez com que, historicamente, sua economia se voltasse para agricultura e pecuária. O tipo de solo encontrado é o "cerrado em transição", ou seja, apresenta partes em cerrado e partes em solos trufados, de alta fertilidade, principalmente na região do Pântano do Cururu e baixadas em sistema de aluvião, os chamados latossolos.

Os solos encontrados nas terras das encostas da Serra da Pimenta e regiões próximas e no decorrer dela também apresentam boa qualidade. A região é popularmente chamada de "Terras das Araras", pelo fato de o Ribeirão de mesmo nome correr por aquela área, onde as terras possuem solos de alta fertilidade, formados por erupções vulcânicas ocorridas há 4 milhões de anos, com grande existência de rochas basálticas.

Caso fosse possível chegar-se a uma média da qualidade de todos os solos das terras do município, importante característica técnica a ser informada é o fato de os solos de Piumhi serem profundos, o que indica que, em todas as áreas do município, os tipos de solos são no mínimo de média fertilidade e sempre de fácil correção, o que pode fazer com que se tornem de alta fertilidade sem muito esforço técnico.

 

Hidrografia

 

Inauguração sistema de captação de água no Ribeirão dos Araras em Piumhi / MG. Na foto o então Prefeito com populares.

O município de Piumhi é circundado por vários ribeirões e córregos, apresentando abundante manancial. Os ribeirões das Araras, das Onças e Magrinhas podem ser apontados como os principais mananciais utilizados para o abastecimento de água no município. Já o Ribeirão dos Patos é um local bastante frequentado por praticantes da pesca esportiva.

O Rio São Francisco, que nasce no município vizinho de São Roque de Minas também corta o município de Piumhi, além de fazer a divisa com o município de Bambuí. A comunicação entre ambos os municípios por via térrea é efetivada pela Ponte do São Leão, outro local procurado pelos pescadores esportistas.

Há, também, no município, o Rio Samburá e Ribeirão dos Araras, sendo caracterizados por serem afluentes e, consequentemente, aumentarem o volume do Rio São Francisco em Piumhi.

De todos os mananciais da cidade, o que mais chama a atenção pela história é o Rio Piumhi, hoje um afluente do Rio São Francisco, tendo já sido afluente do Rio Grande. A história de sua transposição é interessante mas extremamente cercada de tabu pela memória do povo piuiense.

O Ribeirão dos Araras tem sua cabeceira localizada na Serra da Pimenta e sua foz localiza-se no Rio São Francisco. O Ribeirão dos Araras foi local de estudo em 1995 por Marcio Anselmo Duarte Ferrari, da UNICAMP, que detectou que em cerca de 13 anos, caso o assoreamento do ribeirão e sua mata ciliar não fossem preservados, poderia secar. Na década de 2010, o SAAE, Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Piumhi, ignorou estes fatos dobrando a capacidade de captação de água do Ribeirão Araras, comprometendo assim a manutenção do córrego. Apesar de tudo, em 2012 foi aprovado a lei que declara que o Ribeirão dos Araras passa a ser patrimônio ambiental, a lei abrange a limitação geográfica e estabelece regras de ocupação e uso de solo dos recursos naturais, a pesca esportiva é permitida. Em 2014, a bacia do Ribeirão Araras, resistindo a todas as previsões de seca, continua sendo maior fonte de abastecimento da cidade, mas em outubro teve uma queda de vazão em torno de 40%. Seu fornecimento era de 120 litros por segundo e caiu para 80 litros por segundo.

 

Rio Piumhi e Terras do Pântano do Cururu

 

O Rio Piumhi era afluente do Rio Grande até o final da década de 1950 e início da década de 1960. Seu leito formava o Pântano do Cururu, enorme área alagada pelo rio, que tinha o leito aparente confundido com o leito maior (leito de inundação). A região era caracterizada por grandes propriedades de terras e marcada pela presença de agregados, parceiros e camponeses até o ano de 1955, quando se deu o início da intervenção do Estado com a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, na bacia do Rio Grande. A partir de então, o pântano sofreu uma profunda transformação, tanto na paisagem quanto na configuração social. Para a construção da represa da Usina Hidrelétrica de Furnas, exigiu-se uma infraestrutura espetacular de engenharia para a época, ocorrendo a transposição do Rio Piumhi, da bacia do Rio Grande para a bacia do Rio São Francisco. O pantanal foi drenado, evitando, com isso, a inundação de cidades vizinhas como Capitólio. O processo de drenagem do pântano levou alguns anos para se consolidar e abrangeu uma área de cerca de 20 000 hectares.

O resultado da drenagem foi o aumento de terras altamente férteis, consideradas as mais férteis da região, o que acabou por gerar um conflito de terras entre os grandes fazendeiros, que as consideravam como aumento de suas propriedades, e os trabalhadores rurais que ocuparam a terra de uma forma peculiar.

O que especificamente caracterizou esta ocupação foi sua implementação a partir do trabalho de parceria, que consistiu em transformar o mato em terra e a terra em trabalho, a partir de uma perspectiva de trabalho camponês.

Porém, a terra ocupada ofereceu, aos parceiros, distintos horizontes de possibilidades, significando, para alguns, o trabalho e o vínculo com a terra e, para outros, a esperança de tornar-se dono da terra. O modo de vida dos parceiros também se caracterizava pelos laços de dependência com os grandes proprietários de terra da região. Estes, questionaram a ocupação da terra pelos parceiros e a sua tentativa de romper com os laços de dependência, pois os referidos parceiros passaram a lutar pela posse dessa terra, considerada então devoluta.

Instaurou-se, então, um conflito que marcou a sociogênese dos conflitos por terra no Brasil e em Minas Gerais especificamente. Canais institucionalizados de luta marcaram a disputa por estas terras através da criação do Sindicato de Trabalhadores Autônomos de Piumhi aliado ao trabalho de base do Partido Comunista Brasileiro, além do apoio de setores da Igreja Católica e da Superintendência de Política Agrária (SUPRA).

Em decorrência do surgimento das terras que então emergiram do Pântano, surgiu um contexto social gerado pela ocupação dessas terras por parceiros da região, especificamente do município de Piumhi, através do trabalho na terra.

Como o processo de ocupação e disputa pela terra ocorreu fortemente em 1960, a metodologia utilizada para apreender tal processo se baseou na historiografia e na história oral. O Estado postou-se de forma favorável aos fazendeiros, não sem promessas aos camponeses, estas sem cumprimentos, conforme é afirmado pelos moradores mais antigos da região. Também são conhecidos vários casos de violência e morte, resultando vítimas em ambos os lados, logicamente prevalecendo o lado mais forte, no caso os grandes proprietários de terras.

 

Clima

 

Em Piumhi, predomina o clima tropical, com densidade pluviométrica alta no verão e poucas chuvas no inverno, temperatura média de 20,6 graus Celsius e pluviosidade média anual de 1 562 milímetros.

 

Economia

 

Piumhi é um dos poucos municípios onde se produz o autêntico queijo da canastra, e a economia do município é predominantemente voltada para a agropecuária, destacando-se a produção do café, milho, feijão, leite e derivados, além do gado leiteiro e de corte.

O município ainda é considerado o 5° maior polo de café do Estado de Minas Gerais, segundo dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no ano de 2014 o município de Piumhi manteve-se em 1º lugar no ranking de comércio exterior do centro oeste de Minas Gerais e em 282º posição do ranking do municípios brasileiros.

O café em grãos é o principal produto exportado, respondendo por cerca de 80% do saldo, seguido do açúcar com 12%, vindo a seguir, grãos, óleo e demais resíduos de soja com 5%. O maior volume das exportações piuienses segue para a Alemanha e Estados Unidos.

A cidade além de potencial exportadora de café também é centro regional de compra dos produtos agrícolas e pecuários produzidos por todas as cidades circunvizinhas, sendo o município considerado no ano de 2010 a 32ª economia de Minas Gerais. Seu comércio conta com estabelecimentos comerciais em todos os setores e possui boa infraestrutura, sendo base regional por seu suporte e disponibilidade de produtos.

Piumhi é, ainda, um dos municípios produtores do queijo da canastra, a marca registrada "Queijo Canastra" é piuiense.

 

Turismo

 

A cidade possui topografia plana, ruas largas e arborizadas, características que proporcionam um clima ameno à cidade. Existem também grandes praças, das quais se destacam as três maiores, todas com cerca de 2 600 m² de área: a Praça da Matriz, a Praça Guia Lopes, onde se localizam os hospitais da cidade, e a Praça do Rosário, todas estas jardinadas.

A cidade dispõe em seus arredores de alguns pontos de onde se pode obter a vista panorâmica da cidade, sendo um ponto destacantes, na periferia sul do município, o mirante da Cruz do Monte, disposto de acesso tanto por uma escadaria composta por 269 degraus, quanto por estrada paralela para veículos.

De certos pontos da cidade, se pode avistar parte dos chapadões da Serra da Canastra

Na Serra da Pimenta, também existe um outro mirante, cercando a cidade a nordeste, cuja entrada localiza-se a cerca de 7 quilômetros. O acesso ao alto dessa serra, da metade para cima, tem caminho muito estreito e que oferece periculosidade pela altura. Em observação noturna, podem, ser avistadas, as luzes de dezenove cidades da região.

Em sua localização, de nordeste para leste, a cidade é cercada pelas serras da Pimenta, do Andaime e do Cromo. Ao sul, encontra-se o morro denominado Cruz do Monte e, a norte e a oeste, os cerrados férteis com suas baixadas.

Nos arredores de Piumhi, se encontram, 80 km a oeste, o Parque Nacional da Serra da Canastra e a nascente do Rio São Francisco; 20 km ao sul, o município de Capitólio; e, 25 quilômetros ao norte, no município de Pimenta, está o lago da Usina Hidrelétrica de Furnas, no Rio Grande.

Seguindo-se de leste para oeste, pode-se observar, nitidamente, que a região de Piumhi define uma transformação em termos de relevo (de montanhas para planaltos) e de vegetação (de campos para cerrado com excelente topografia e disposição de terras férteis em praticamente todo o município). A região de Piumhi marca o início dos "sertões", genialmente descritos por João Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas. Piumhi é servida por uma considerável rede de hotéis, em sua maioria localizados no centro da cidade.

 

Mineração

 

Os depósitos de cromita e ocorrências na região do município de Piumhi são conhecidos e explorados economicamente desde a década de 50. O Maciço de Piumhi, onde o minério de cromo se hospeda, ocorre na borda sudoeste do Cráton do São Francisco como uma janela estrutural do embasamento arqueano a paleoproterozoico, em meio às rochas meso-neoproterozoicas dos Grupos Bambuí e Canastra.

Trata-se de uma sequência metavulcanossedimentar do tipo greenstone belt . A mineralização de cromita é classificada como do tipo Estratiforme e associa-se a peridotitos serpentiníticos e tálcicos do denominado Grupo Lavapés.

 

Segurança

 

Em Piumhi, localiza-se o 3º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, situada nas margens da Rodovia MG-050 e subordinada à 2º Companhia do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros (Divinópolis), e a 110ª Cia. de Polícia Militar, subordinada ao 12º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Passos. Municípios de área de atuação, além de Piumhi: Capitólio, Doresópolis, Pimenta, São Roque de Minas, Vargem Bonita.

Conta também com o programa Olho Vivo, com um total de 27 câmeras, já encontra-se operando desde agosto de 2019 em Piumhi o programa Olho Vivo. São câmeras de monitoramento instaladas em pontos estratégicos na cidade que visa dar maior segurança para a população e turistas. O programa Olho Vivo é parceira da prefeitura de Piumhi com os órgãos Promotoria de Justiça, Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Piumhi, Associação Comunitária para Assuntos de Polícia Ostensiva de Piumhi (ACASPO) e Policia Militar. Sendo que a central de monitoramento está instalada no Pelotão da Policia Militar em Piumhi.

 

Educação

 

A cidade conta com o campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)[64], sendo os cursos de Bacharelado em Engenharia Civil e Técnico subsequente em Edificações.[65][66] A cidade ainda dispõe dos cursos ministrados pelo Pronatec,[67] com as parcerias do IFMG e da Prefeitura iniciados em 2013[68] . A UNOPAR esta presente na cidade, disponibilizando cursos de graduação a distância.[69] Em 2015 a UNIFRAN através do sistema Cruzeiro do Sul Virtual disponibilizou cursos de graduação a distância.

Piumhi possui 14 escolas municipais, 5 escolas particulares e 4 escolas estaduais.